O Mikołaj tem 20 anos, é polaco e estuda Arqueologia e Antropologia Forense na Universidade de Bradford no Reino Unido.
Apaixonei-me pela música da Julien Baker com a sua atuação nas Cardinal Sessions e sou um grande fã desde então.
Consegui ir a um concerto dela que fez parte da digressão Turn Out the Lights em Leeds no Reino Unido e essa foi a primeira vez que chorei durante um concerto. As suas letras e a forma crua como canta é incrivelmente tocante e empática para pessoas como eu.
Escrevi este poema um mês após o concerto. Normalmente, escrevo poemas como uma forma de conseguir lidar com episódios depressivos e após ter escutado a música da Julien por uma semana inteira, sentei-me a escrevê-lo. Temáticas como o isolamento e a forma de lidar com assuntos de foro mental preocupam-me, então tudo isto aconteceu de uma forma natural.
Sendo assim, decido partilhar o meu pequeno poema que escrevi há um tempo atrás.
To Julien
behind the reverb
of a guitar with a rainbow strap
lie the words you never knew
you wanted to say
but apparently needed to hear
the comfort of sad songs
screamed until you find
the part of you that wanted to cry
even on days you thought it gone
sung over the psalms
in the priestless chapel of your own
sanctified mental states
one where she’s the organist
the dorky girl with an honest smile
and a landslide of beautiful sadness
who taught you how
to land a punch on the devil
but you never managed to say
anything
to say you’re grateful
for all she’s done
on nights when you didn’t want to let yourself sleep.